O que um (simples) óleo pode fazer por nós!
Ansiedade, insónias, gripe e até problemas de pele. A aromaterapia atua de forma física e emocional em vários males.
Se ainda acha que aromaterapia é coisa de outros tempos e que não faz bem nem faz mal, está na hora de explorar um pouco mais. Numa altura em que os conceitos ecológicos, naturais e orgânicos estão a ganhar cada vez mais adeptos, os tratamentos à base de óleos essenciais (que já são praticados há milhares de anos) ganharam novo fôlego.
O que é a aromaterapia?
De forma simples, é a utilização de óleos essenciais para fins terapêuticos ou a forma controlada de usar os óleos na manutenção e controlo do corpo, da mente e do espírito. Isto significa que certos óleos essenciais podem trabalhar de forma física e emocional para melhorar o nosso bem-estar.
Quais os seus benefícios?
Ao nível físico, as moléculas mais pequenas dos óleos essenciais penetram mais profundamente na pele, o que ajuda a aliviar dores, melhorar a circulação e otimizar o processo de renovação celular. Por outro lado, num nível emocional, o olfato é o mais primitivo dos sentidos e está ligado às partes mais profundas do cérebro. Dessa forma, cheirar óleos essenciais vai ter um efeito dinâmico na mente e no corpo.
O que procurar nas lojas?
Tatiana Brito explica que, tal como em tudo na vida, há muitos óleos no mercado que não são de boa qualidade. Para os saber distinguir é preciso seguir alguns critérios:
Os óleos essenciais devem ser 100% puros, de agricultura biológica preferencialmente.
O frasco deve ser de cor castanho escuro, azul escuro ou metalizado.
O óleo essencial deve mencionar o nome da planta em latim com género, espécie e subespécie (se existir).
Para a aplicação da aromaterapia são necessários os óleos essenciais e os óleos vegetais (porque grande parte dos essenciais não deve ser aplicado diretamente sobre a pele. Os cítricos, por exemplo, são fotossensíveis). E, na verdade, os óleos vegetais também têm propriedades terapêuticas. A utilização é simples: misturar um pouco do óleo essencial em óleo vegetal (como o óleo de coco, de amêndoas doces, abacate, canhamo ou de jojoba).
Oito óleos bons no dia-a-dia:
Óleo vegetal de amêndoas doces — Além de ser um óleo de “veículo” em aromaterapia (para ser misturado com os essenciais), é um óleo suavizante e protetor, ideal para os cuidados do corpo e para a pele muito seca. Pode ser usado durante a gravidez e na pele dos bebés. Ajuda a reduzir a inflamação na pele (pode-se misturar algumas gotas deste óleo no creme de uso diário).
Óleo vegetal de rosa mosqueta — É um conservante natural, rico em ácidos gordos essenciais (que não são produzidos pelo corpo) que alivia as inflamações e atua como hidratante. Ajuda a tratar a pele seca irritada e também é bom para tratar marcas de queimaduras, cicatrizes e estrias. Pode ser um bom aliado na redução das vermelhidões, rosácea e cicatrizes da psoríase ou do acne.
Óleo essencial de lavanda/alfazema — Um dos óleos mais apreciados e de grande eficácia, com excelentes qualidades terapêuticas. É um óleo calmante, relaxante, sedativo e anti-depressivo que ajuda a combater crises de stress e tem benefícios específicos para a mulher (alivia dores da tensão pré-menstrual e ajuda a controlar os sintomas da menopausa). Tem também propriedades anti-sépticas, ajuda nas gripes, constipações e é um cicatrizante poderoso. Pode ser aplicado diretamente em queimaduras — alivia a dor e acelera o processo de cicatrização. Em caso de stress, ansiedade e insónias, pode colocar-se uma gota do óleo essencial numa colher de chá de mel e ingerir duas vezes ao dia.
Óleo essencial de bergamota — Um dos favoritos na aromaterapia, este óleo proporciona uma sensação de relaxamento sendo, por isso, usado no tratamento de stress, tensão e depressão. Ajuda ainda a aliviar infeções do trato urinário e de estômago. Na pele, ajuda nos problemas de acne, psoríase, eczema e combate a pele oleosa.